Uma vida de animes (?)


Então, eu fiz aniversário dia 12. Eu sei que já faz mais de uma semana, mas de alguma forma eu queria escrever sobre isso. É uma postagem que, mesmo relacionada a otaquismo de baixa qualidade, não passa de uma postagem pessoal sobre minha própria vida mesmo que não tenha nada sobre ela aqui, eu acho que essa intro está confusa o suficiente já, mas acho que tu entendeu.



Eu completei vinte anos de existência semana passada, e desses vinte anos, metade da minha vida foi dentro do universo nipônico de animações e mangás, hoje eu resolvi fazer um estudo próprio que me lavaria ao motivo do meu gosto para gêneros de história ter se consolidado como está hoje, afinal, a escolha de procurar pelo mais bizarro e desconhecido apenas por hobbie não deve ser algo que vem da noite para o dia, enfim, basicamente é isso, então se trata apenas de otaquismo puro essa postagem, caso otaquismo e o ser não-humano 2pan não te interessam, por que estás aqui lendo esta postagem?





Tudo começou muitos anos atrás no longínquo reino conhecido como minha casa, um jovem alienígena humanoide encontrou na televisão algo extremamente colorido, chamativo e clichê, um clichê bastante bom chamado Sailor Moon, foi o primeiro passo dentro de um universo ainda desconhecido para ele, mas que mudaria sua vida (não que seja melhor que uma vida comum). Com o tempo eu já estava acompanhando diversos animes sem nem saber que eram animes, Shurato, Dragon Ball, Saint Seiya, Kashi ki no Mokku (traduzido aqui para As Aventuras de Pinocchio), Sakura Card Captors, Medabots, Digimon, Pokemon, As Guerreiras de Rayearth, Tenchi Muyo, enfim, uma infinidade que era transmitida, eu assistia todos, gostava de todos eles. 
Com a chegada da pré-adolescência, além de ser chato e revoltado, eu conheci o primeiro anime da minha vida, o primeiro que eu assisti tendo noção que era um anime, na época eu ainda não tinha internet e eu assistia tudo gravando em CDs depois de baixar outros lugares, foi o primeiro contato que eu tive com piadas de estilo japonês de boke/tsukkomi, eu não entendia várias das piadas referentes ao idioma japonês, mas o anime era divertido no geral, humor pastelão é sempre bem vindo. Nessa época eu comecei a ler mangá, começando pelo básico da Shounen Jump lendo Naruto e One Piece, mas foi um começo. 
Depois que Gintama teve seu primeiro fim, eu não tinha o que assistir, porém eu queria mais, então fui buscar por mais, a partir daí comecei a ver um atrás do outro, nada de estranho até agora, nem animes novos eram, eram animes populares que eu acabei tendo o interesse de assistir, entre eles Yu Yu Hakusho, Gungrave, Hunter x Hunter, Trigun, Ranma 1/2, Inu Yasha, Rurouni Kenshin, Speed Racer, Lucky Star e alguns filmes do estúdio Ghibli. De lá até o próximo ponto eu fui me afundando cada vez mais, vendo animes gigantes e velhos, entre eles Space Battleship Yamato, Gundam Unicorn, Captain Harlock, Rose of Versailles, Legend of Galatic Heroes, e o primeiro mangá não tão conhecido, um pequeno mangá de três volumes, eu não gostei tanto dele, tanto que eu nem sequer lembro o nome dele, era um nome bem curto, mas eu realmente não lembro, um mangá onde a escola ganha vida e os robôs dentro dela tentam matar um casal de protagonistas vazios, mas era algo realmente novo pra mim, tanto que lembro de ter lido mesmo não lembrando o nome.
Depois de tanto anime considerado cult, clássicos antigos e desgastados, eu conheci o primeiro passo para uma transformação que deixaria a minha vida uma bagunça, sendo esse Sword Art Online e a descoberta da existência do cour de animes.
Eu sei que é besta eu assistir tanta coisa e mesmo assim não saber do que se tratava uma temporada de animes, mas vejam bem, eu recém estava com internet e não sabia socializar, nem me interessava, eu só era rato em fóruns e trackers, era só o que eu precisava naquela época, até que ao me recomendarem SAO, eu descobri que ele era parte de uma temporada de animes que, superando todas minhas expectativas, lança consigo vários animes de estilos e tamanhos diferentes, foi uma descoberta gigantesca.
Após isso começou um turbilhão, eu passei a assistir anime sem parar, acompanhando vários por temporadas de animes subsequentes, assistindo todos os animes de terror, shounen e mahou shoujo, sim, apenas esses estilos, por mais que eu tivesse assistido várias coisas, eu ainda era preso ao "eu quero ver lutinhas e coisas que dão medo", mesmo que não fossem muitas coisas, e claro, assistindo umas comédias/ecchi aqui e ali, até que por volta de 2013/2014 me foi recomendado um anime diferente, ele era bem diferente do que eu costumava assistir, eu até dava chances para shoujo de vez em quando, mas um anime sobre garotos em uma escola era novidade pra mim, passava longe do meu interesse, mas era uma recomendação de uma pessoa importante, então eu pensei, por que não? (Se tu chutou que o anime é Ouran Highschool Host Club, errou feio, é Kimi to Boku). No fim, acabei adorando os personagens, eu gostei do intuito de ver um anime apenas por ser leve, sem comprometimento, um anime para relaxar e se divertir, e assim, nasceu um sonho que seria uma maldição, o vício fulminante em animes slice of life. Não que eles sejam ruim, o propósito deles é esse mesmo que eu descrevi, mas eu acabei me deixando levar e assisti muitos slice of life, um atrás do outros, todos da temporada, deixava de assistir bons animes para assistir um anime engraçadinho, eu realmente me apeguei a gostar da coisa. PORÉM, tudo que é bom dura pouco, e depois de um tempo eu acabei assistindo um slice of life diferente, ele não era super divertido e calmo, o nome dele era NANA, as duas primeiras impressões que eu tive foram "Isso é inglês? Cadê a abertura moe?" e "WOW PERSONAGENS DE ANIME TRANSAM", é. Eu fiquei descontente com o final, o mangá logo já estava em hiatus e eu estava desolado novamente, e aqui, aqui é que o caminho normal de coisas desanda de vez. Eu descobri três animes diferentes de tudo que eu tinha visto até aquele ponto, Kazuo Umezu no Noroi, Genocyber e A Lenda do Demônio, todos exageradamente explícitos, cheios de violência e órgãos voando, pessoas retalhando, uma atmosfera verdadeiramente pesada, eu adorei aquilo, eu nunca tinha visto algo parecido e eu queria mais daquilo, eu queria ver todos, e comecei a caçar todos, até que eu conheci um amigo que gostava EXATAMENTE DESSE TIPO DE COISA, e obviamente ele sempre acabava citando alguns desses, começando por Litchi Hikari Club, e logo após o ponto de divergência onde tudo seria diferente dali para frente.
A triste história da menina que vendia flores e teve sua vida roubada por um destino cruel. Ela tem tudo que eu procurava e ainda me emocionou, foi algo tão surreal na época que eu assisti ele umas três vezes na mesma semana, e até hoje eu ainda assisto ele frenquentemente, eu já cansei de falar dele por aqui, ele é declaradamente minha obra favorita, e o ponto o que era bom não era mais tão bom, eu comecei a me sentir vazio em relação a alguns animes, animes que antes eu gostava eu descobri não gostar tanto mais, mangás que me interessavam não me interessavam mais, foi estranho, e logo após isso, eu estava procurando mais sobre, descobri o gênero ero-guro do qual Midori pertence, li vários mangás do gênero, até comprei um dos poucos lançados no Brasil pela Conrad, comecei a procurar animes cada vez mais desconhecidos, bizarros e, curiosamente, interessantes. O fato deles serem tão únicos chamava a minha atenção, e vários dos meus favoritos tem relação a isso, e eu ficaria apenas na bizarrice se não fosse pelo último expoente dessa história nada interessante e sem conclusão, o autor preguiço, odiável e indeciso, Inio Asano.
Oyasumi Punpun era diferente, um slice of life pesado, não tinha um alívio cômico, não buscava entreter, era um soco depressivo de sentimentos, soco esse que por mais que gostasse de forçar a barra, não era ruim, era interessante, eu queria ver o que aconteceria com a péssima vida de Punpun, foi uma sensação diferente. Isso acabou lapidando um gosto estranho para mangás de teor adulto, histórias pesadas, eu queria sentir impacto moral, eu queria sentir que eu estava ligado emocionalmente ao mangá. 
E por fim, acabei transformado nessa bagunça que procura incansavelmente por algo bizarro, porém pesado, porém divertido e sem compromisso, é um eterno sobe e desce que me mantém nesse universo, creio que se não fosse por causa do nascimento desse gosto pessoal para mídia em geral, provavelmente esse blog nem existiria mais, provavelmente eu pararia de assistir anime alguma hora, cansaria. 


E é isso apenas, caso tenha lido até aqui, de alguma forma eu agradeço, afinal, essa postagem tem zero conteúdo, zero inteligência e zero calorias. Caso sinta que precisa dizer que a minha vida weeb é um fracasso ou quer contar sua vidinha otaka evolucionista, sinta-se a vontade, sou todo olhos, eu vejo tudo.
Até a próxima noite.
(Ironia do dia: Atualmente, essa postagem foi terminada às quatro da tarde)

Comentários

  1. Primeiramente, parabéns atrasado ♥ Segundamente "eu quero ver lutinhas e coisas que dão medo" kkkkkkkk entendooo, se bem que comigo foi "Eu quero ver romances clichês e coisas que me deixam na foça".
    Não sei se tenho coragem para assistir esses últimos que você citou, porque sou uma pessoa com estômago fraco para terror e bizarrices, mas adorei ler sua postagem com zero calorias, embora discorde do outros dois zeros ali.
    E eu não sei se é muita lerdeza minha não ter entendido a ironia do dia, mas ookay, vida que segue ahaha

    Perdida em (M)arte

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    Respostas
    1. Considerando que até a postagem de aniversário veio atrasada os parabéns são muito bem aceitos ;^)
      Eu nunca fui de assistir muito shoujo pois eles me deixam mais sentimental que o habitual, e lidar com sentimentos é um pouco difícil, me deixa instável, guarda a carência na caixinha dela uahsduhasd

      Acho que nem é tanto questão de coragem, é mais questão de costume mesmo, quando eu comecei a acompanhar esse tipo de coisa eu ficava meio avesso também, mas com o tempo eu acabei por me acostumar, por mais terrível que isso soe.
      Olha, tem uns erros de concordância e plural no texto que me fazem ter dúvida sobre ter alguma inteligência uhasdhuasd
      A besta ironia é que eu falei "Até a próxima noite" em uma postagem escrita durante o dia, enfim, até agora eu não consegui me acertar com uma frase de tchau padronizada.

      Nippan-

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    2. por mais terrível que soe eu entendo ahahah.
      Pois eu já desisti de escrever perfeitamente bem, tem sempre algo para aprender, então não quer dizer necessariamente que lhe falte inteligência moço e concordância é uma coisa muito chata, vc tem que ficar relendo e concertando as frases, pelo menos isso acontece comigo kkkk
      aaaaa entendi, mdss kkkkk, gostei desse tchau, já que combina com o nome do blog. também tive probleminhas em acertar um oi e um tchau padronizados askaoks

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    3. Você entende uma coisa terrível, tome cuidado -n
      O idioma português em si é complicado, mas com o tempo nós vamos evoluindo, quando eu comecei com o CDO... chega a dar vergonha.
      Eu tive a ideia de usar ele justamente por isso, fico feliz que tenha entendido o motivo ;^) (Não sei se alguém tinha notado, pelo menos ninguém me falou nada).
      Eu consigo ser mais padronizado nos chats de Facebook do que por aqui, é triste.

      Nippan -

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